quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Jovem é condenado a 21 anos de prisão

O jovem Marcos Vinicius Villa Flor, 24 anos, foi condenado ontem (26) a 21 anos de prisão como co-autor da morte do empresário da construção civil Gérson Lemos Couto, crime cometido em novembro de 2002. A defesa recorrerá ao Tribunal de Justiça e o acusado aguardará a decisão em liberdade.
Seu irmão, José Augusto Villa Flor, 33, acusado de autor do assassinato, não compareceu ao júri, realizado na 2ª Vara do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, com a justificativa de ter sido submetido a uma cirurgia. Ambos já haviam sido julgados e condenados a 21 anos de prisão, mas a defesa recorreu da decisão baseando-se no direito de recurso em caso de penas superiores a duas décadas. O novo julgamento de José Augusto deverá ser realizado em novembro.
A audiência durou cerca de 12 horas. Mais uma vez, Vinícius negou que tenha participado do crime e apontou o irmão como único autor, mas o júri acatou a tese do Ministério Público. O juiz Vilebaldo José Freitas proferiu a sentença pouco depois das 20h.
Antes do início da audiência, o promotor público Davi Gallo afirmou que a pena de 21 anos deveria ser mantida. “Temos que mantê-la com base nas imagens do circuito interno de TV da clínica que foram mostradas. A sociedade teve a oportunidade de ver as imagens da violência que eles cometeram”.
No dia 27 de agosto último, Marcos Vinícius foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado (pela crueldade do ato e pela utilização de recursos que impossibilitaram à vítima se defender). A defesa recorreu e o réu aguardou novo julgamento em liberdade.
O homicídio ocorreu em um dos corredores da Clínica Somed, na Pituba, em 23 de novembro de 2002. A motivação teria sido uma surra que Gerson aplicou na namorada, a pedagoga Íris Villa Flor, mãe dos acusados. Ontem, as cenas de espancamento gravadas pelas câmeras da clínica foram novamente exibidas pela acusação, que acredita na premeditação do assassinato.
Laudo - À época do crime, o laudo do Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IMLNR) revelou que a morte decorreu de politraumatismo. A perícia constatou que a vítima teve três costelas quebradas, sofreu um corte logo atrás da orelha esquerda, com extensão aproximada de 4 cm, além de outras lesões internas. Gérson tinha 66 anos e se encontrava na clínica para tomar medicamentos contra hipertensão, depois de uma discussão com a namorada, que desembocou em agressões de ambas as partes.

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